USA: Um país de Pinóquios e Pinochets
O texto a seguir é do Professor Jorge Vital de Brito Moreira, especialmente escrito para Novas Pensatas.
Vivemos num país
de Pinóquios e Pinochets. Aqui nos EUA, a mentira é (como na oração católica O Pai Nosso) “o pão nosso de cada dia”, “assim
na terra” (da mídia coorporativa), “como no céu” (de Washington, D.C. o centro
governamental do país).
Para refrescar a
memória dos leitores sobre as histórias de Pinóquio e Pinochet, lembro: Pinóquio
é um personagem de uma história infantil. Cada vez que ele contava mentiras seu
nariz de madeira crescia desmesuradamente. Pinóquio, de acordo à historia, era
um boneco de madeira, um cara de pau, como os representantes da mídia e do
governo dos EUA. As aventuras de Pinóquio
é o título do livro infantil escrito pelo italiano Carlo Collodi que se tornou
mundialmente famoso através do filme Pinocchio,
realizado por Walt Disney Productions,
uma das mais famosas e mentirosas indústrias de entretenimento do mundo
ocidental.
Quanto à Pinochet,
não podemos esquecer que ele foi um general chileno que, em 11 de Setembro de
1973, deu um golpe militar contra Salvador Allende, o presidente eleito
democraticamente pelo povo do Chile. Com o golpe militar, o general Augusto Pinochet
estabeleceu, entre os anos de 1973 e 1990, uma das ditaduras mais sanguinárias
e corruptas da história da América do Sul. A ditadura de Pinochet foi responsável
pela tortura, desaparecimento e assassinato de centenas de milhares de
estudantes, professores, profissionais liberais, artistas, trabalhadores,
e camponeses chilenos (1) Atualmente, Pinochet
é considerado como um dos maiores terroristas (de Estado) da América Latina,
além de ser identificado como um dos mais submissos títeres latino americanos a
serviço do governo imperial dos EUA.
O estímulo que me levou a escrever este texto, baseado
nas histórias de Pinóquio e Pinochet, foi dado pela notícia que encheu faz
algumas semanas os espaços dos jornais, das revistas, dos programas de noticias
de TVs dos EUA, da Europa, do Brasil e da América Latina.
Resumo aqui a notícia
sensação: a NBC (National Broadcasting Company), a maior e mais antiga rede de
televisão e rádio dos Estados Unidos, puniu ao famoso apresentador Brian
Williams por mentir para o seu publico. Assim, o famoso apresentador, editor
gerente do programa de noticias NBC
Nightly News foi punido por contar uma história falsa sobre um incidente que
aconteceu na Guerra do Iraque, em 2003. De acordo a noticia, Brian contou que
estava a bordo de um helicóptero americano que tinha sido derrubado por
granadas lançadas por foguetes inimigos. Alguns soldados americanos, que
participaram do acontecimento, desmentiram publicamente a afirmação de
Williams, dizendo que ele estava longe do helicóptero atacado. Brian Williams
pediu desculpas publicamente, mas NBC suspendeu Brian por seis meses sem
remuneração devido as suas falsas declarações.
As noticias que seguiram a
suspensão de Brian Williams, também nos informava que milhões de telespectadores
estadunidenses (que tem sido fãs de Brian Williams e crentes fies do seu
programa NBC Nightly News), ficaram
chocadas com a revelação e com a punição do apresentador.
Eu, que não sou fã de nenhum
apresentador da mídia corporativa dos EEUU (nem de nenhum programa de noticias
desta mesma mídia), não fico chocado, nem surpreendido com a revelação; mas,
confesso que fico surpreendido cada vez que constato o elevado nível de
ignorância e/ou ingênua credibilidade por parte de milhões de telespectadores
estadunidenses para continuar acreditando na decência e honradez da mídia
corporativa estadunidense.
Por esta razão, estou sempre
perguntando: como é possível que depois do gigantesco escândalo revelador das mentiras
da mídia e do governo dos Estados Unidos [da administração do presidente George
W. Bush e seu vice Dick Cheney (2)] para ganhar a aprovação da população
estadunidense para a invasão e guerra contra a povo do Iraque; como é possível
que (depois deste gigantesco fraude informativo) milhões de estadunidenses
continuem acreditando nas mentiras da mídia (3) e do atual governo americano
(4)?
A triste
realidade é que milhões de pessoas, dentro e fora dos EUA, não se dão conta de que os meios de
informação/desinformação e o governo do presidente Barack Obama mentem e enganam
diariamente a maioria das pessoas de dentro e de fora deste país. São mentiras
sistemáticas sobre os acontecimentos relacionados às guerras dos EUA [com a
colaboração dos governos de Israel e Arábia Saudita (5)] contra o povo do Iraque,
do Afeganistão, do Paquistão, da Síria, do Iêmen, da Palestina, da Líbia. São
as frequentes mentiras para ganhar a simpatia e consenso mundial em prol das
guerras do imperialismo americano contra os povos do Terceiro Mundo.
Durantes meses e meses, o governo e a mídia
estadunidenses teem produzido uma montanha de mentiras oficiais contra os
governos da Venezuela, da Bolívia, do Equador, da Argentina e de Cuba na
América Latina e, na Europa, montanha de mentiras contra a Rússia governada
pelo presidente Wladimir Putin.
São mentiras sistemáticas das autoridades dos
EUA e da mídia ocidental para favorecer a Petro Poroshenko (o ditador da Ucrânia)
e a sua administração de corte nazista. Assim, a mídia e o governo daqui descrevem
a atuação imperialista dos EUA, da submissa e cúmplice União Europeia, e da
OTAN (a organização militar, guerreira e fascista a serviço do terrorismo de
Estado ocidental) na região da Ucrânia como ajuda democrática e humanitária.
Assim, dado o poder
do governo e da mídia dos EUA para fabricar consenso através da mentira, o que me
tira o sono não é a punição de Brian Williams em si mesma; o que me provoca
pesadelos é que indivíduos muito mais mentirosos e perigosos como George Bush,
Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Barack Obama, Henry Kissinger, Tony Blair, Benjamim
Netanyahu (cujas mentiras tem conduzido a prisão, a tortura, aos crimes de
guerra e ao genocídio contra milhões de seres humanos), estejam livres e impunes,
gozando de liberdade sem qualquer tipo de castigo pelos crimes cometidos
contra a humanidade.
Lembremos, por
exemplo, o caso do famigerado Henry Kissinger. Durante o governo do criminoso Richard
Nixon (presidente dos EUA que foi forçado a renunciar devido ao processo de
impeachment), Kissinger foi nomeado para o cargo de Secretário de Estado do
país. Como Secretário de Estado, Kissinger esteve
envolvido na guerra do Vietnã (guerra que assassinou mais de 20 milhões de
vietnamitas). Kissinger também foi responsável pela intervenção da CIA nos
golpes de Estado ocorrido na América Latina (Chile, Argentina, Brasil, Uruguai).
Além disso, ele tem sido acusado por organizações internacionais como cumplice
da tortura, do desaparecimento e do assassinato de centenas de milhares de cidadãos
latino americanos durante as ditaduras militares do general Pinochet, no Chile
e do general Jorge Videla, na Argentina; além de patrocinador de regimes
ditatoriais (Chile, Brasil, Argentina, Uruguai) tem sido acusado pela
colaboração com os planos de extermínio repressivos como a Operação Condor.
As
provas da atuação criminosa de Kissinger como terrorista de Estado tem levado a
inúmeras investigações, denuncias, acusações e processos diante de tribunais
internacionais de justiça responsabilizando-lhe por crimes contra a humanidade.
Estes processos judiciais tem lutado para lhe retirar o Prêmio Nobel da Paz que
lhe foi concedido descaradamente e colocá-lo na prisão.
Assim, o que
mais nos indigna na punição de Brian Williams, é que ela está sendo usada hipocritamente
por jornalistas corruptos da mídia corporativa (e pelas autoridades governamentais) para
continuar propagando (através da narrativa visual e retoricamente fraudulenta) o
mito de que vivemos num pais democrático, num país que vive dentro da
legalidade internacional, num país livre de mentira, de corrupção e impunidade.
No entanto, os
dados estatísticos mostram que nada está mais longe da verdade social, que as
imagens e as palavras produzidas pela narrativa oficial do governo e da mídia
corporativa estadunidense e ocidental (jornais brasileiros e canais de TV como
a Globo de Roberto Marinho) são falsificações para continuar enganando a
opinião pública mundial.
Mas os
estadunidenses que teem se esforçado para obter informações que transcendam as
mentiras da mídia corporativa e governo, também estão conscientes de que os EUA
está repleto de repelentes figuras mafiosas, corruptas, ditatoriais, sanguinárias,
genocidas que praticam o terrorismo no mesmo estilo do ditador Augusto Pinochet.
Estas figuras, vivas e falecidas, estão
situadas em todos os níveis da hierarquia politica e militar dos EUA e incluem
uma lista com nomes de presidentes, deputados e senadores, como, por exemplo, o
do senador democrata de New
Jersey Robert “Bob” Menendez, chair of the Senate Foreign Relations Committee (acusado de alta
corrupção financeira e sexual) e o senador
republicano John McCain, acusado pelo
lobista Jack Abramoff de receber parte do dinheiro roubado aos cassinos dos
indígenas dos EUA (6). Esta lista inclui também nomes hierarquicamente
inferiores como, por exemplo, como os terroristas membros da CIA, Orlando Bosch Ávila (7) e Luis Posada Carriles (8); ou
dos torturadores assassinos, Manuel Contreras
e Jaime García Covarrubias chefes da DINA (a policia secreta da ditadura
de Augusto Pinochet) e responsáveis pelo plano CONDOR, mas que são protegidos e beneficiados pelo governo estadunidense,
como é o caso de Covarrubias que é
atualmente professor num centro
de estudos do Pentágono.
Os dados
estatísticos também nos informam que os EUA é um país que não respeita a lei,
nem respeita os direitos humanos e políticos nacionais e internacionais; é a estatística
que nos informa que EUA é o país que possui mais bases militares nos outros países;
que os EUA é o pais que mais fabrica e vende armas de destruição massiva; que é
o país que mais produz guerras de extermínio e invasões contra os países
pobres; que é o pais que mais comete bombardeios, torturas e ataque terroristas
(incluindo os ataques através de drones); o país que mais comete espionagem
contra países aliados em todo mundo.
Já faz mais de
50 anos que Daniel Elsberg (escandalizado com a mentira dos poderosos Pinóquios,
seus superiores anos 60), revelou em 1971 os documentos secretos do Pentágono (Pentagon Papers) para o jornal New York Times. Daniel Elsberg, contra a submissão e covardia dos
funcionários estatais, denunciou as mentiras do presidente Richard Nixon, do
Secretario Robert MacNamara e de Henri Kissinger para continuar legitimando o
genocídio dos EUA contra o povo
vietnamita na guerra do Vietnã.
Assim, desde a
guerra do Vietnã, uma parte da sociedade estadunidense (composta por cidadãos que
lutam contra os Pinóquios e Pinochets deste pais) se defendem incessantemente
contra a mistificação, contra a manipulação e resistem para manter a
consciência ética e humana da solidariedade e cooperação a favor dos povos
oprimidos. Estes são os cidadãos, que teem lutado pelo direito a estar bem
informado e contra as sistemáticas maquinações do governo e mídia corporativa para
fabricar consenso junto à opinião publica mundial através da produção de
aberrantes mentiras.
É dentro da luta
contra os Pinóquios e Pinochets que devemos entender as razões porque o
jornalista Julian Assange vazou informações secretas para Wikileaks: eram informações que mostravam as sistemáticas violações
do governo dos EUA à legalidade internacional: graças às revelações de Julian
Assange, hoje estamos, pro exemplo, informados das ações criminosas do governo
estadunidense contra os países aliados.
É também dentro desta luta contra a destruição
da consciência e ética humana pelo governo dos EUA, que devemos entender as
razões porque o soldado estadunidense Bradley (Chelsea) Manning revelou os video-tapes que mostravam os soldados
americanos disparando suas metralhadoras desde um helicóptero contra a
população indefesa no Iraque.
É também dentro da luta contra os
Pinóquios e Pinochets que devemos aplaudir as razões do porque o especialista
em espionagem estadunidense, Edward Snowden, revelou os crimes de espionagem
dos serviços de inteligência estadunidense contra os governos dos países
aliados dos EUA.
É dentro desta luta contra que
devemos entender as razões porque John Kiriakou, o agente da CIA, denunciou os
crimes e as torturas do governo de George W. Bush para a imprensa mundial.
Mas, o governo
imperial dos EUA tem imposto uma bárbara e covarde perseguição policial contra
a coragem, a valentia, e a elevadíssima consciência intelectual, moral e ética
de Julian Assange, de Edward Snowden, de Bradley (Chelsea) Manning.
Para proteger
sua integridade física, intelectual e moral, Julian Assange foi obrigado a auto
exilar-se na embaixada do Equador em Inglaterra enquanto Edward Snowden foi
forçado a auto exilar-se na Rússia.
Bradley (Chelsea) Manning não pode se
livrar da injusta punição. Ele está aprisionado na base militar de Quântico (no
estado de Virgínia) sob condições de detenção que foram
consideradas desumanas e ilegais, e vistas como tortura pela Anistia Internacional. Tão pouco John Kiriakou: ele não teve a
oportunidade de escapar ou de auto exilar-se: cumpriu detenção nas prisões dos
EUA por denunciar o programa de tortura do governo de George Bush.
Para finalizar, gostaria de
informar aos leitores que a mais recente agressão imperialista dos EUA contra a
América Latina esta sendo realizada pelo governo de Barack Obama. Obama tem
usado os serviços dos Pinóquios e dos Pinochets para ajudar a desestabilizar a
Venezuela e, mais uma vez, tratar de dar um golpe militar contra o governo do
presidente Nicolas Maduro: um presidente eleito democraticamente pela vontade
autônoma e soberana do povo da Venezuela.
Depois do falecimento (do assassinato
na opinião de muitos observadores) do presidente Hugo Chavez, as corporações
multinacionais, com a ajuda dos acostumados Pinóquios e Pinochets, continuam tratando
de
fomentar um golpe militar para implantar
uma ditadura que lhes permitam saquear o petróleo do povo venezuelano. Isso é o
que podemos observar com a recente
captura dos chefes golpistas, Antonio Ledezma (prefeito
da cidade de Caracas), Diego Arria (ex-embaixador da Venezuela na ONU) e o
deputado Julio Borges pelo governo de Nicolas Maduro.
Recentemente (18 de março de
2015), Jennifer Rene, também
conhecida como "Jen"
Psaki (a porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos e ex porta-voz do Presidente dos Estados Unidos Barack Obama), tratou de atacar o presidente Nicolas
Maduro mentindo descaradamente na entrevista para um grupo de jornalistas da
imprensa dos EUA. Buscando responder a uma pergunta
de uma jornalista (sobre a denuncia do presidente Nicolas Maduro do golpe de
estado patrocinado pelo governo do presidente Barack Obama contra o povo da
Venezuela), a porta voz Jean Psaki, cínica e descaradamente, respondeu: “Já é
uma pratica política de longa data que os Estados Unidos da América (E.U.A) não
apoia as transições políticas por meio inconstitucionais. Transições políticas
devem ser democráticas, constitucionais, pacíficas e legais." (9)
Ouvindo tão
escandalosa mentira da porta voz do governo estadunidense, o jornalista Matt
Lee se indignou e replicou ironicamente: “Desculpe... Os E.U.A. têm uma prática
de longa data de não promover -o que foi que você disse? Que história é essa de
longa data? Isso não é verdade: especialmente no caso da América do Sul e da
América Latina, isso não é nenhuma prática de longa data.” E a porta voz,
desmascarada, sem poder responder, ficou gaguejando em frente dos jornalistas
na sala de imprensa do Departamento de
Estado. (10)
Assim, com ou
sem fábula, a verdade aparece unívoca: Vivemos num país de Pinóquio e Pinochets
que procura dominar o mundo através das mentiras, dos golpes militares e
ditaduras militares.
Enquanto o povo e o governo da
Venezuela e de outros países da América Latina, como o Brasil, a Argentina. a Bolívia,
o Equador estejam unidos contra o imperialismo americano, continuarão capacitados
pra lutar e se defender contra os golpes de estado planejado pelos EUA, pois,
muitos ainda sabemos que um povo e um governo realmente unido jamais será
vencido.
Notas:
1)
Conforme o relatório oficial da Comissão Valech de 2011, o total de vítimas oficiais entre executados, desaparecidos e
torturados durante os 17 anos que durou a ditadura de Pinochet (1973-1990)
subiu para 40.280. E no entanto, de entre os grupos de vítimas da ditadura se
estima que a cifra supera 100.000 pessoas. Uma das mais contundentes denúncias
do golpe militar (e ditadura do terrorista
general Pinochet) no Chile, pode ser vista nas imagens do filme Missing do
diretor grego Costa Gavras baseado na historia real do desaparecimento (e assassinato)
do jornalista estadunidense, o filme conta com os atores Jack Lemmon e Sissy
Spacek como protagonistas.
2) Recentemente, Dick Cheney lançou seu In
My Time: A Personal and Political Memoir repleto de auto
justificativas mentirosas para legitimar sua decisão ilegal e genocida de
declarar a guerra contra o povo do Iraque e para defender o seu programa de
torturas em seres humanos indefesos. Mas o livro de Dick Cheney é mais um livro
de memoria ficcional tão utilizado pelos responsáveis da invasão e da guerra
contra o Iraque para reescrever, em beneficio próprio, a história da guerra.
Este é o caso, por exemplo, dos seguintes livros: A Journey, do ex-primer
ministro Tony Blair; Decision Points, de George W. Bush; Know and Unknow: A
Memoir, do ex-secretário de defesa,
Donald Rumsfeld; At the Center of the Storm: My Years at the CIA, do ex-diretor da CIA, George Tenet
3) Antes, durante e depois da administração de George W. Bush,
os mais insidiosos Pinóquios a serviço da propaganda mentirosa do governo e da mídia
corporativa estadunidenses eram Robert Novak, Judith Miller, Bill O’Reilly e Sean Hannity. Este era um período em que Fox
News Channel, FNC
(um dos mais desonestos programas de noticias
dos EUA) se auto proclamava como o canal de TV que informava de maneira “fair” (justa) and “balanced” (equilibrada).
4) Uma das mais significativas denuncias das mentiras sistemáticas
da administração de George Bush, Dick Cheney e seus conselheiros também pode ser lida no livro Fair Game: My Life as a Spy, My Betrayal by
the White House de Valerie Plame Wilson. O famoso filme Fair
Play (2010) do diretor Doug Liman está
baseado neste livro, na historia da traição de Bush, Cheney e CIA a agente
Valerie Plame e a seu esposo, o ex-senador Joseph
C. Wilson. O filme Fair Play tem
Sean Penn e Naomi Watts como protagonistas.
5) Provas muito escandalosas da relação de
cumplicidade terrorista entre governo dos EUA e o governo da Arábia Saudita pode ser mostrada através
da entrevista do professor Aslan Reza, especialista em história das religiões
(principalmente da cristã e da mulçumana) nos EUA. Aqui está a pergunta da
revista ÉPOCA ao professor Aslan
Reza: - A Arábia Saudita é responsável pela ascensão do radicalismo e do
terrorismo islâmico?
Aqui a
resposta do professor Aslan Reza: - Sem dúvida. O wahabismo, essa vertente ultra ortodoxa, puritana e pseudo
reformista do islamismo sunita, começou na Arábia Saudita, na metade do século
XVIII, fundada pelo clérigo Mohamed Ibn Abdul Wahab. É uma religião que prega a
volta ao culto monoteísta puro do islã e que chama todos os outros religiosos,
islâmicos ou não, de apóstatas. Os sauditas gastaram US$ 100 bilhões nos
últimos anos para espalhar essa vertente do islamismo pelo resto do mundo,
construindo escolas e mesquitas wahabistas. Não há um canto do mundo em que
haja muçulmanos que não tenham sido inundados por dinheiro saudita e por
propaganda religiosa saudita. Eles criaram um vírus que se espalhou por todo o
mundo muçulmano. Quando você tem um vírus, você precisa erradicar a fonte. Bem,
o mundo sabe qual a fonte desse vírus. São os melhores amigos dos Estados
Unidos. É absurdo que um país que patrocinou a ascensão de uma ideologia
responsável pela morte de centenas de milhares de pessoas não seja
responsabilizado por ela. Ao contrário, continua sendo prestigiado. Quando o
rei Abdullah, monarca da Arábia Saudita, morreu na semana passada, o presidente
Barack Obama, o secretário de Estado John Kerry e uma dúzia de integrantes do
alto escalão do governo americano foram à Arábia Saudita para homenageá-lo. Sem
levar em consideração que Abdullah comanda um país que decapita 80
pessoas por ano, condena a 1.000 chibatadas quem manifesta suas opiniões,
impede as mulheres de dirigir e de votar e patrocina o terrorismo global.
Isso não é estranho? Se a Arábia Saudita não fosse o maior produtor de petróleo
do mundo, seria tratada como a Coreia do Norte, com asco, rejeição e sanções
internacionais.
(6) O filme Casino Jack (2010) estrelado pelo ator Kevin
Spacey mostra a relação de corrupção entre o lobista Jack Abramoff, o congressista
Tom Delay, o senador John McCain e o
roubo perpertrado aos cassinos indigenas por eles. O livro do jornalista Gary Chafetz (Boston, U.S.A.) The Perfect Villain: John
McCain and the Demonization of Lobbyist Jack Abramoff também denuncia a relação entre o senador John MCain e Jack Abramoff.
7) Orlando Bosch Ávila é um agente
terrorista da Agência Central de
Inteligência dos Estados Unidos (CIA) que foi chefe da Coordenação das
Organizações Revolucionárias Unidas (CORU uma organização terrorista
anti-Castro. Bosch Ávila fazia parte da Operação Condor, operação que
coordernava as atividades repressivas das ditaduras militares do Cone Sul
durante a década de 1970. Além do atentado terrorista (06 de outubro de 1976)
de voo 455 da Cubana de Aviação, que matou todas as 73 pessoas a bordo. Foi
alegado que o planejamento deste ataque terrorista foi feito na reunião
realizada em Washington DC, no mesmo ano, 1976. No planejamento participou
Bosch, o terrorista Luis Posada Carriles e Michael Townley, o ex-agente dos EUA
e da DINA chilena, durante o regime militar de Augusto Pinochet. O planejamento
e o assassinato (na capital dos EUA) do general chileno Orlando Letelier
(ex-ministro do deposto presidente Salvador Allende Gossens que foi assassinado
pelos militares do general Pinochet).
8) Luis Posada Carriles foi acusado de
terrorista pelos governos de Cuba e Venezuela pois foi um dos responsáveis de
planejar e executar o atentado terrorista (06 de outubro de 1976) de voo 455 da
Cubana de Aviação, que matou todas as 73 pessoas a bordo. Posada Carrilles foi
o organizador de uma série de atentados contra hotéis em Havana-Cuba em 1997.
Ele foi membro do Exército dos Estados Unidos e fez carreira policial na
Venezuela antes do governo de Hugo Chaves. Posada Carrilles está acusado de ter
ordenado a tortura e assassinado vários seres humanos detidos por razões
políticas. Ele também foi um membro da chamada Operação 40, orquestrada pela
CIA dos EUA, que planejou e executou a invasão
da Baía dos Porcos, em 1961. Felizmente abortada pela resistência e guerra revolucionária do povo cubano.
9) Jen Psaki:“As a matter of long-standing
policy, the United States does not support political transitions by
nonconstitutional means. Political transitions must be democratic,
constitutional, peaceful and legal”.
Matt Lee: “Sorry. The U.S. has—whoa, whoa, whoa—the U.S.
has a long-standing practice of not promoting—what did you say? How
long-standing is that? I would—in particular in South and Latin America, that
is not a long-standing practice.” O leitor pode seguir o desmascaramento das declarações
mentirosas de Jen Psaki e do governo dos EUA neste website:
https://www.youtube.com/watch?v=frO1T3vZNrA