Sunday, April 21, 2019

Anedotas Brasileiras


A visita do presi BolsoIgnaro à Casa Branca


Brasilino entrou num bar dos Estados Unidos e lá dentro encontrou o amigo brasileiro Cascavel, que o convidou para uma cerveja.  Como tinha muito tempo que os dois não se viam, começaram a beber e falar, entrou outros assuntos, da atual relação política entre o Brasil e os Estados Unidos. 
                Brasilino brincou: 
   Cascavel, você escutou a piada da visita do nosso presi BolsoIgnaro a Casa Branca do DonaldTrapo, o presi dos Estados Unidos?
  Não Brasilino. Conta pra mim.
  Acompanhado do seu Ministro de Relações Exteriores, o BolsoIgnaro, chegou a Casa Branca, nervoso,  assustado, sentindo-se submisso e bastante inferior. Para aquela reunião, para aquele encontro com o lobo Mac DonaldTrapo, o pato BolsoIgnaro queria dar qualquer coisa pro lobo mal, dar tudo o que tinha de mais íntimo e sagrado para agradá-lo; queria passar naquela prova, queria ser integralmente provado pelo dono da casa.
     Então BolsoIgnaro perguntou ao Ministro:
  Você acha que eu vou passar na prova?
     Naturalmente, o Ministro de Relações Exteriores (o nosso pássaro João-Bobo)foi excluído daquele encontro íntimo no Oval Office. Enquanto durava a reunião, o pássaro João-Bobo esperava na sala vizinha. Distraia-se imaginando cenas de reuniões íntimas e secretas que aconteceram recentemente naquela famosa Casa Branca, ou melhor, naquela famosa Casa Escura e Suja: cenas onde a estagiária Monica Lewinsky, a cândida rouxinol estadunidense, fumou o carnudo charuto do poderoso caçador Bill Clinton. Depois da reunião, ao sair do Oval Office, o pato BolsoIgnaro encontra-se com o pássaro João-Bobo. Este imediatamente pergunta ao BolsoIgnaro:  
  Então presi, deu pra passar?
  Dei.

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Sunday, April 7, 2019

Vladimir Herzog, Ernesto Geisel e Jair Bolsonaro: De estupidez em estupidez o Brasil enche o papo

De como o jornalista Vladimir Herzog prendeu, torturou e assassinou o ditador brasileiro, Ernesto Geisel, no quartel-general do II Exército 

Jorge Vital de Brito Moreira

Quando era menino e aprendia as primeiras letras na escola primária,  li numa cartilha escolar uma  frase simples, bonita e evidente que descrevia a natureza dos galináceos. A descrição dizia: “De grão em grão a galinha enche o papo”. 
Atualmente leio a variação desta frase na descrição da sociedade brasileira do governo de Jair Bolsonaro. “De estupidez em estupidez, o Brasil esvazia o papo” racional, científico (fundado em evidências) da modernidade ocidental, para entupí-lo de ignorância, corrupção, dogma e obscurantismo medieval.
Esta frase foi emitida por um professor brasileiro depois de ouvir o  papo (um diálogo) entre dois alunos de uma escola de alfabetização de adultos no estado do Rio de Janeiro. 
E este é o diálogo (ou papo) que foi escutado entre os dois alunos, o evangélico José (um vendedor de carne na feira local) e seu amigo João (um trabalhador da construção civil) também evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus.
José: - Como vai João? Tudo bem?
João: Tudo bem. E você? Quais são as novidades? 
José: Acabei de ver na TV, o presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Educação falarem que não houve golpe militar em 1964, nem ditadura militar no Brasil naquele tempo. Eles falaram que não houve prisão, nem tortura, ou assassinatos de trabalhadores, estudantes ou jornalistas.
João: - E o que você aprendeu de toda essa conversa das autoridades do Brasil?
José: - Na verdade fiquei um pouco tonto e meio confuso depois da fala do Jair Bolsonaro na TV. Antes, quando era jovem, quando eu não sabia ler ou escrever, tinha escutado que houve um golpe militar contra o governo do presidente João Goulart. Tinha escutado que a ditadura (dos generais Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Medici, Ernesto Geisel, João Figueireido) durou por mais de 20 anos. 
Antes eu tinha escutado, por exemplo, que o jornalista brasileiro da TV Cultura, Wladimir Herzog, foi preso, torturado e assassinado nas instalações do DOI-CODI, no quartel-general do II Exército, no município de São Paulo, pelos torturadores do general Ernesto Geisel. Agora finalmente, eu poderei escrever na minha cartilha escolar, a nova e verdadeira historia brasileira.
João: - Que verdade e que história, José?
José: - Que o general do exercito Ernesto Geisel foi preso, torturado e assassinado  nas instalações do DOI-CODI, no quartel-general do II Exército, no município de São Paulo pelos torturadores do jornalista brasileiro da TV Cultura, Wladimir Herzog.
            Foi depois desse estranho e surpreendente diálogo (inspirado no “samba do crioulo doido”), que o professor brasileiro emitiu a frase: “De estupidez em estupidez, o Brasil esvazia o papo” racional, científico (fundado em evidências) da modernidade ocidental, para entupí-lo de ignorância, corrupção, dogma e obscurantismo medieval do governo Bolsonaro.